quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Técnico em Jurídico




O Técnico em Jurídico é o profissional que cumpre as determinações legais e judiciais atribuídas aos cartórios oficiais e extrajudiciais, lavrando atos, autuando processos e procedendo aos registros cabíveis. Expede mandados, traslados, cartas precatórias e rogatórias e certidões. É responsável pelo gerenciamento e pelo arquivo de processos e de documentos judiciários em geral. Realiza diligências, tais como: citações, intimações, prisões e penhoras. Presta atendimento ao público, redigindo procurações, autenticando documentos. Coadjuva em audiências. Pode supervisionar uma equipe de serventuários.



Mercado de trabalho: cartórios oficiais - judiciais e escritórios de advocacia.

sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Relações Humanas

Pelo pedido da Professora Deise disponibilizamos este material.

Quer saber mais sobre Relações Humanas ai vai a dica!

(Obs: Baixe o arquivo Logo Abaixo).

Relações Humanas

Técnico em Logística




O Técnico em Logística é o profissional que executa os processos de planejamento, operação e controle de programação da produção de bens e serviços, programação de manutenção de máquinas e de equipamentos, de compras, de recebimento, de armazenamento, de movimentação, de expedição e de distribuição de materiais e produtos, utilizando tecnologia de utilizando tecnologia de informação Técnico em Logística é o profissional que executa os processos de planejamento, operação e controle de programação da produção de bens e serviços, programação de manutenção de máquinas e de equipamentos, de compras, de recebimento, de armazenamento, de movimentação, de expedição e de distribuição de materiais e produtos, utilizando tecnologia de informação.


Mercado de trabalho: áreas da Indústria, Comércio e empresas de consultoria.

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Texto Para Discussão

"Damiens fora condenado a 2 de março de 1757, a pedir perdão publicamente diante da porta principal da Igreja de Paris [aonde devia ser] levado e acompanhado numa carroça, nu, de camisola, carregando uma tocha de cera acesa de duas libras: [em seguida], na dita carroça, na praça de Greve, e sobre um patíbulo que aí será erguido, atenazado nos mamilos, braços, coxas e barrigas das pernas, sua mão direita segurando a faca com que cometeu o dito parricídio, queimada com fogo de enxofre, e às partes em que será atenazado se aplicarão chumbo derretido, óleo fervente, piche de fogo, cera e enxofre derretidos conjuntamente, e a seguir seu corpo será puxado e desmembrado por quatro cavalos e seus membros e corpo consumidos ao fogo, reduzidos a cinzas, e lançadas ao vento.
Finalmente foi esquartejado. [relata a Gazette d’amsterdam]. Essa última operação foi muito longa, porque os cavalos utilizados não estavam afeitos à tração; de modo que, em vez de quatro, foi preciso colocar seis; e como se isto não fosse bastasse, foi necessário, para desmembrar as coxas do infeliz, cortar-lhe os nervos e retalhar as juntas...
Afirma-se que, embora ele sempre tivesse sido um grande praguejador, nenhuma blasfêmia lhe escapou dos lábios: apenas as dores excessivas faziam-no dar gritos horríveis, e muitas vezes repetia, “Meu Deus tende piedade de mim; Jesus. Socorrei-me”. Os espectadores ficaram todos edificados com a solicitude do cura de Saint-Paul que, a despeito de sua idade avançada, não perdia nenhum momento para consolar o paciente.
[O comissário de polícia Bouton relata]: Acendeu-se o enxofre, mais o fogo era tão fraco que a pele das costas da mão e mal sofreu. Depois, um executor, de mangas arregaçadas acima dos cotovelos, tomou umas tenazes de aço preparadas ad hoc, medindo cerca de um pé e meio de comprimento, atenazou-lhe primeiro a barriga da perna direita, depois a coxa, daí passando às duas partes da barriga do braço direito. Em seguida dos mamilos. Este executor, ainda que forte e robusto, teve grande dificuldade em arrancar os pedaços de carne que tirava em suas tenazes duas ou três vezes do mesmo lado ao torcer, e o que ele arrancava formava em cada parte uma chaga do tamanho de um escudo de seis libras.
Depois desses suplícios, Damiens, que gritava muito sem, contudo blasfemar, levantava a cabeça e se olhava; o mesmo carrasco tirou uma colher de ferro do caldeirão daquela droga fervente e derramou-a fartamente sobre cada ferida. Em seguida, com as cordas menos se ataram as cordas destinadas a atrelar os cavalos, sendo este atrelados a seguir a cada membro ao longo das coxas, das pernas e dos braços.
O senhor Lê Breton, escrivão, aproximou-se diversas vezes do paciente para lhe perguntar se tinha algo a dizer. Disse que não; nem é preciso dizer que ele gritava. Com cada tortura, da forma como costumamos ver representados os condenados; Perdão, meu Deus! Perdão Senhor”. Apesar de todos esses sofrimentos sofridos acima, ele levantava de vês em quando a cabeça e se olhava com destemor. As cordas tão apertadas pelos homens que puxavam as extremidades faziam-no sofrer dores inexprimíveis. O senhor La Breton aproximou-se outra vês dele e perguntou-lhe se não queria dizer nada; disse que não. Achegaram-se vários confessores e lhe falaram demoradamente; beijava conformado o crucifixo que lhe apresentavam; estendia os lábios e dizia sempre: “Perdão Senhor”. Os cavalos deram uma arrancada, puxando cada qual um membro em linha reta, cada cavalo segurado por um carrasco. Um quarto de hora mais tarde, a mesma cerimônia, em fim após várias tentativas, foi necessários fazer os cavalos puxar da seguinte forma: os braço direito à cabeça, os das coxas voltando pro lado dos braços, fazendo-lhe romper os braços nas juntas. Esses arrancos foram repetidos várias vezes, sem resultado. Ele levantava a cabeça e se olhava. Foi necessário colocar dois cavalos, diante dos atrelados às coxas, totalizando seis cavalos. Mas sem resultado algum.
Enfim o carrasco Samson foi dizer ao senhor Lê Breton que não havia meio nem esperança de se conseguir e lhe disse que perguntasse às autoridades se desejavam que eles fossem cortados em pedaços. O senhor Lê Breton, de volta da cidade, deu ordem que fizessem novos esforços, o que foi feito; mas os cavalos empacaram e um dos atrelados às coxas caiu na laje. Tendo voltado os confessores, falaram-lhe outra vez. Dizia-lhes ele (ouvi-o falar): “Beijem-me reverendos”. O senhor cura de Saint-Paul não teve coragem, mas o de Marsilly passou por baixo da corda do braço esquerdo e beijou-o na testa. Os carrascos se reuniram, e Damiens dizia-lhes que não blasfemassem, que cumprissem seu ofício, pois não lhes queria que por mal por isso; rogava-lhes que orassem a Deus por ele e recomendava ao cura de Saint-Paul que rezasse por ele na primeira missa.
Depois de duas ou três tentativas, o carrasco Samson e o que lhe havia atenazado tiraram cada qual do bolso uma faca e lhe cortam as coxas nas junções com o tronco do corpo; os quatro cavalos, colocando toda força, levaram*-lhe as suas coxas de arrasto, isto é: a do lado direito primeiro, e depois a outra; a seguir fizeram o mesmo com os braços, com as espáduas e axilas e as quatros partes; foi preciso cortas as carnes até quase aos ossos; os cavalos, puxando com toda força, arrebataram-lhe o braço direito primeiro e depois o outro.
Uma vez retiradas essas quatro partes, desceram os confessores para lhe falar; mas o carrasco informou-lhes que ele estava morto, embora, na verdade eu visse que o homem se agitava, mexendo o maxilar inferior como se falasse. Um dos carrascos chegou mesmo a dizer pouco depois que assim que eles levantaram o tronco para lançar na fogueira, ele ainda estava vivo. Os quatro Homens, uma vez soltos das cordas dos cavalos, foram lançados numa fogueira preparada no local sito em linha reta no patíbulo, depois o tronco e o resto foram cobertos de achas e gravetos de lenha, e se pós-fogo à palha ajuntada a essa lenha.
... Em comprimento da sentença, tudo foi reduzido a cinzas. O último pedaço encontrado nas brasas só acabou de se consumir às dez e meia da noite. Os pedaços de carne e o tronco permaneceram cerca de quatro horas ardendo. Os oficiais entre os quais me encontrava eu e meu filho, com alguns arqui-ro formados em destacamento, permanecemos no local até mais ou menus onze horas.
Alguns pretendem tirar conclusões do fato de um cão haver deitado no dia seguinte no lugar onde fora levantada a fogueira, voltando cada vez que era enxotado. Mas não é difícil compreender que esse anima achasse o lugar mais quente do que o outro”.


Gazzeta de Amsterdan, 01 de Abril de 1757, citado in A.
L. Zevaes. Damiens lê régicide, 1937, p.210-204

Vocabulário do texto.

Achas: Pedaços de Madeira.
Ad hoc: Literalmente, para o ato, no texto significa que os instrumento era preparados especialmente para a execução.
Atenazado: Torturado.
Blasfemar: Dizer blasfêmias, xingamentos, palavrões.
Chaga: Ferida Aberta
Cura: Vigário de aldeia ou povoado
Destemor: Sem medo
Edificados: Comovidos
Espáduas: Osso Parte superior do membro superior ou anterior; ombro.
Inexprimíveis: impossível de se expressar:
Parridicíco: Cometer homicídio contra o próprio pai,
Patíbulo: Estado ou lugar onde os condenados sofrem penas capitais (forca, guilhotina, decapitação).
Praguejador: Xingador, rogador de pragas e maldizeres.
Sito: Situado.
Solicitude: Boa vontade.
Tenaz: Instrumento de ferreiro de serralheiro, parecido a uma resoura, provido de longos cabos, usado para tirar ou por peças nas forjas ou segurar ferro em brasa e malhar na bigoma; espécie de pinça hastes resistentes, para prender e manter corpos.


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